quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Prevenção da Desertificação será crucial para o Desenvolvimento Sustentável

A Coréia do Sul hospeda a 10 ª Conferência dos Estados membros da Convenção da ONU de Combate à Desertificação. Seus membros irão discutir formas de reforçar a cooperação no combate à desertificação, a seca e a degradação do solo e enfrenta-los diretamente.
Com uma mensagem de vídeo,  o Secretário Geral da ONU Ban Ki-moon disse que a prevenção da desertificação será crucial para o desenvolvimento sustentável.
"Se quisermos proteger, restaurar e promover o uso da terra e do solo, podemos resolver muitos problemas ao mesmo tempo", disse Ban Ki-moon.
O Secretário Geral da  ONU clamou por um trabalho em conjunto assegurando que o uso da terra tornou-se uma das mais importantes questões do desenvolvimento sustentável.

A Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação foi adotada em 1994. No entanto, as terras agricultáveis continuam a diminuir em todo o mundo, ameaçando a segurança alimentar e provocando crises humanitárias e econômicas.

Fonte: http://www.uncsd2012.org/rio20/?page=view&nr=459&type=230&menu=38
Versão e tradução do autor do post.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Jovens contribuem para a RIO+20 na Conferência TUNZA


Mais de 1.400 jovens de 120 países se reuniram na cidade de West Java, Bandung — a terceira maior da Indonésia — entre os dias 27 de setembro e 01 de outubro, para participar da Conferência Tunza. O evento, criado em 2003, é uma estratégia de longo prazo para envolver os jovens em atividades ambientais e no trabalho do Programa das Nações Unidas pelo Meio Ambiente (Pnuma). A palavra tunza significa tratar com cuidado e carinho em suaíli (ou Kiswahili), língua africana oficial no Quênia, na Tanzânia, na Uganda e em outros países.
Na cerimônia foi consolidada a Declaração de Bandung, que contém pedidos, esperanças e apelos dos jovens aos líderes mundiais. A declaração será entregue na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio +20, em junho de 2012.
Nos parágrafos quarto e quinto do documento, os jovens enfatizaram as promessas feitas e não cumpridas na Cúpula da Terra de 1992. Explicitaram que tanto o planeta como futuro deles, estão em perigo, e enfatizaram a impossibilidade de esperar mais uma geração, ou uma “Rio 40”, para que governos e iniciativa privada comecem a agir. [Leia a Declaração de Bandung completa em inglês]
Para representar a juventude do Brasil na Conferência Tunza, foram selecionados seis jovens entre três mil candidatos, com base em projetos ambientais que apresentaram e em seu envolvimento em atividades ecológicas. Entre eles, Iranildo de Sousa Ferreira e Daniel Isfer Zardo. Iranildo disse que é preciso entender o meio ambiente como parte do conjunto de temas orientadores das agendas de desenvolvimento e não mais um tema secundário ou periférico aos processos de tomada de decisão que orientam o crescimento econômico e o desenvolvimento social.
Entre os temas principais do evento, estava a questão dos empregos verdes, assunto que surge como grande desafio para a economia global, além de esforços para a erradicação da pobreza. Nesse sentido, Daniel Zardo disse acreditar que o acesso a empregos verdes deve estar no centro do debate sobre a sustentabilidade. "Temos que olhar para as nossas comunidades, nossa sociedade, nosso ambiente, e perceber que não podemos reduzir a pobreza ou proteger o meio ambiente, sem oferecer oportunidades de emprego verde, especialmente para os jovens. Isso é algo que os decisores políticos devem considerar, se quisermos que a economia verde decole".
Intitulado "Empregos verdes: em busca de um trabalho decente num mundo sustentável e de baixo carbono", o estudo feito pelo Pnuma, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e outras organizações, traz um amplo olhar para a emergência de uma "economia verde" e seu impacto no mercado de trabalho do Século XXI.
O estudo prevê a geração de pelo menos 20 milhões de novos postos até 2030 - 12 milhões apenas na indústria de bioenergia, onde o Brasil é um dos principais atores. O resultado econômico dessas mudanças será um mercado global de serviços e produtos "verdes" de cerca de US$ 2,74 bilhões em 2020.
A definição abrange uma vasta gama de profissões que de uma forma ou outra, estão ligadas à preservação de ecossistemas, à redução do consumo de água e energia e à mitigação ou prevenção da geração das diferentes formas de lixo e de poluição.
De acordo com estimativas do setor, o Brasil tem cerca de 500 mil pessoas trabalhando com biomassa, número que pode duplicar nas próximas décadas se houver sinalização política correta.
Achim Steiner, sub-secretário geral e diretor executivo do Pnuma, que participou de reuniões e debates da Conferência Tunza, falou sobre a importância da participação jovem na política. “Ao longo da semana passada, as vozes de 1.200 jovens falaram com paixão e eloquência em Bandung. Suas visões positivas, energia extraordinária e soluções criativas devem ser parte do diálogo sobre o caminho para a Conferência Rio+20. Representando metade da população mundial é vital que os seus esforços e insumos não sejam negligenciados”.
Steiner disse que os líderes devem ouvir com mais cuidado e atenção aos jovens. “A Conferência Tunza é o melhor antídoto para um mundo que continua a racionalizar o desemprego em massa, pobreza e destruição ambiental em nome do progresso econômico e parte da melhor esperança para uma Rio+20 transformadora".
O Pnuma também está apostando em plataformas de mídia social para continuar mobilizando jovens para a Rio+20, que deve receber dezenas de milhares de pessoas no Rio de Janeiro.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Conferência de Durban, ameaça a Rio+20

Artigo de José Goldemberg - Publicado no Correio Braziliense de 13.10.2011

Será realizada no Rio de Janeiro, no início de junho de 2012, uma conferência internacional da Organização das Nações Unidas para marcar o 20º aniversário da Rio-92. Duas décadas se passaram desde a realização dessa conferência sobre meio ambiente e desenvolvimento que é considerada a mais importante até hoje sobre o tema e à qual compareceram mais de 100 chefes de Estado.
A Rio-92 ocorreu num momento em que o movimento ambientalista mundial estava em ascensão, o que favoreceu os resultados alcançados – os mais importantes dos quais foram a Convenção do Clima e a Convenção de Biodiversidade. Outros resultados foram a Declaração de Princípios sobre Florestas, a Declaração do Rio de Janeiro e a Agenda 21, que, apesar de meramente retóricos, fizeram avançar a agenda ambiental em muitos países.
A Convenção do Clima foi ratificada e seguida pela adoção do Protocolo de Kyoto, em 1997, que deu “dentes à Convenção”, fixando reduções mandatórias de emissões de gases que provocam o aquecimento da Terra apenas para os países industrializados. Os Estados Unidos, contudo, não ratificaram o Protocolo de Kyoto (que só entrou em vigor em 2005), o que reduziu muito sua eficácia. A Convenção da Biodiversidade só teve o seu primeiro protocolo adotado em Nagoya, em 2010, e ainda não entrou em vigor. As perspectivas atuais, portanto, não são as melhores.
            A própria Organização das Nações Unidas, ao convocar a Rio+20, limitou seu escopo: ela terá apenas três dias de duração (de 4 a 6 de junho). A Conferência do Rio, em 1992, teve duração de 15 dias, o que deu tempo para ampla mobilização das organizações sociais e até para os negociadores dos países que vieram ao Rio.
Antes da Rio+20, haverá em Durban, na África do Sul, em dezembro próximo, a Conferência das Partes da Convenção do Clima, quando essa discussão poderia avançar. Em preparação, houve uma reunião dos ministros do Meio Ambiente dos países do Basic (Brasil, África do Sul, Índia e China) em Minas Gerais , em 26 e 27 de agosto, que se limitou a repetir velhos chavões adotados desde 1992. Ou seja: de que cabe aos países industrializados reduzir suas emissões e pagar aos países em desenvolvimento – que são isentos da obrigação de reduzir suas emissões – para que se adaptem às mudanças climáticas.
            A impressão que se tem, lendo o comunicado final da reunião de ministros, é que eles não se deram conta ainda de que a Conferência de Copenhague já mudou a arquitetura de implementação da Convenção do Clima e abriu caminho para o abandono de compromissos multilaterais e a adoção de metas nacionais voluntárias. Para persuadir os países industrializados a fazer mais, isto é, reforçar e estender o Protocolo de Kyoto, os países do Basic precisariam fazer mais do que fazem hoje, uma vez que suas emissões já são maiores do que as deles.
            Hoje, a China é o maior emissor de gases de efeito estufa do mundo e os países não industrializados já são responsáveis por mais da metade delas. Dentro de 10 anos, provavelmente, as emissões desse grupo de países atingirão 70% do total, invertendo a situação que existia 20 anos atrás.
A forma Basic de fazê-lo é iniciar uma negociação séria com os atuais signatários do Protocolo de Kyoto, para sua inclusão na lista dos países que aceitam metas quantitativas; ou seja, adotar um processo de graduação. No Protocolo de Kyoto, China, Índia, Brasil e África do Sul são tratados exatamente como países pequenos que contribuem muito pouco para as emissões. Não é realista insistir nessa ilusão.
Em particular no caso do Brasil, não é sem tempo que o Itamaraty decida como e onde quer ficar. Por um lado, o país aspira ser um dos grandes no cenário mundial e conseguir lugar de membro permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, com as responsabilidades que isso implica. Por outro, alinha-se com países que não têm realmente como enfrentar o problema das mudanças climáticas e são dependentes de doações dos países ricos para tal. Esse é, no fundo, um comportamento bipolar, que na prática só favoreceu até agora a China, que, protegida pelo Protocolo de Kyoto, se tornou o maior emissor mundial.
Sem novas propostas criativas, a Conferência de Durban irá fracassar, comprometendo o sucesso da Rio+20 em 2012.

domingo, 9 de outubro de 2011

ESCOLHA ON LINE UMA SUGESTÃO PARA A RIO+20

O FÓRUM EMPRESARIAL RIO+20 se reunirá até 2012, em seus Núcleos Regionais,  que serão lançados nos seguintes Municípios:

-NITERÓI
-QUEIMADOS
-SÃO PEDRO DA ALDEIA
-DUQUE DE CAXIAS
-NOVA FRIBURGO

Até lá, você pode escolher a melhor redação para a Carta de Princípios e Recomendações que será encaminhada em 01.11.2011 para a UNCSD - 2012 - RIO+20.
Clique AQUI e  escolha sua sugestão.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

CONHECENDO MELHOR A RIO+20

O Secretariado Geral da  UNCSD-2012 ( RIO+20), publicou nesta semana uma nova brochura, contendo um resumo bastante didático sobre os objetivos, princípios e inovações trazidas por este encontro mundial.   Na publicação são expostos os temas principais com uma explicação bem resumida de cada um. O maior destaque foi dedicado à economia verde.  Vale a pena acessar o documento.  CLIQUE AQUI  e confira.